Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho, seu único Filho, pela seguinte razão: para que ninguém precise ser condenado; para que todos, crendo nele, possam ter vida plena e eterna.
 
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06/11/2014
Série: Mais que abundante graça - Parte 2

Introdução: na primeira semana iniciamos a série falando sobre o tema justificação e graça. O tema de hoje é TRIBULAÇÃO E GLÓRIA – Vamos ler o texto de hoje: Romanos 5.3-5.

1. Glória na tribulação – mesmo que a alegria de viver se vá em meio à tribulação, mantemos em nós a certeza de que Deus nos recompensará e isso nos dá uma alegria que não está condicionada a aos momentos, que podem ser bons ou ruins. Poderíamos pensar que, para o cristão, a tribulação é uma forma de alcançarmos a recompensa. Não que ela substitua a graça, mas o método que a graça se utiliza para nos tornar pessoas melhores. Para o cristão, tribulação não é punição, mas tratamento. Por mais que um machucado arda mais com determinados produtos cicatrizantes, a dor é tratamento e não punição. Por isso, tribulação não é falta de amor, mas amor em ação, amor que nos transforma por meio do lapidar, do lixar, do dar forma, assim como um oleiro faz com o barro. Ver Tiago 1.12.

2. A tribulação produz perseverança – a perseverança está no rol das palavras que podem dividir seguimentos religiosos, por isso, não entrarei em questões doutrinárias a respeito dela, apenas discorrerei sobre questões bíblicas que são diretas a respeito dela. O fato de passarmos por momentos difíceis, leva-nos ao crescimento na questão da resistência. Quando corremos ou fazemos qualquer exercício aeróbico com certa frequência, dentre os benefícios colhidos está o desenvolvimento da capacidade pulmonar, e a resistência para tarefas do cotidiano. A tribulação aumenta nossa capacidade mental, emocional, espiritual de resistirmos a esse mundo mal. Prepara-nos e nos fortalece para caminharmos. Veja o que Salomão diz em Pv 24.10.

3. A perseverança forja um caráter aprovado – Quando somos testados, forjados pelo fogo, quando passamos pelo tratamento de Deus, além de sairmos fortalecidos e de aprendermos a resistir no dia mau, Deus está trabalhando em nosso caráter. Aliás, esta talvez seja a grande compreensão que nos falte. Deus nos salva e quer trabalhar em nosso caráter. Não é um processo fácil e nem rápido, muito menos agradável. Como diamantes brutos, ele nos lapida por meio do sofrimento e quando resistimos a esse tratamento, com coração agradecido, vemos que nos tornamos pessoas mais humildes. Por isso, nunca é bom o murmúrio e a revolta. Se for algo superficial, tudo bem. Mas o cristão de verdade precisa desfrutar do tratamento de Deus e permitir que ele molde o nosso caráter. E caráter está diretamente ligado ao nosso conjunto de valores, que influencia nosso jeito de agir. Veja Tiago 1.2-4.

4. O caráter aprovado traz esperança – quando então nos sentimos tratados por Deus, uma coisa nasce dentro de nós com uma força inigualável. A esperança. Esperança de que nossa vida é muito maior do que aquilo que podemos ver. De que temos algo muito maior preparado para nós. De que por mais que as lutas sejam grandes, a recompensa é infinitamente maior. Habacuque chegou a essa conclusão – ainda que a figueira não floresça, eu confiarei. Paulo chegou a essa conclusão – para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. Jesus afirmou essas coisas – no mundo tereis aflições, mas tenham bom ânimo, eu venci o mundo. Quando buscamos as coisas do alto a esperança de dias melhores invade nosso coração.

5. A esperança é fruto da presença de Deus em nós – Quando convidamos Cristo a morar em nosso coração e entregamos nas mãos dele o controle de nossas vidas, temos dentro de nós uma semente que brota e vai crescendo diariamente. As tempestades vêm, os ventos fortes, tentam nos abater, mas nos tornamos mais fortes, nada é capaz de matar essa semente, pois ela não é visível. Ela continua a crescer dentro de nós pela ação do Espírito Santo de Deus que rega essa semente e faz com que a esperança aumente. Veja Romanos 15.13, Tito 3:7, Colossenses 1.3-5, 25-27.

RELFEXÃO PARA CONCLUSÃO: Um pouco de mim em 5 minutos

Quero me despir agora da figura de pastor, pelo menos em partes. Sei que a maioria de vocês me conhece como líder da igreja mas, alguns de vocês, também me conhecem como gente, um cara com virtudes e defeitos e virtudes como qualquer outro de minha espécie. Sou um pai, marido, filho, irmão e amigo que encanta e decepciona os outros. Mas, como qualquer ser humano, também me encanto e me decepciono. Nem sempre me decepciono com as pessoas, mas sou alguém que pensa a vida, e pensar dói, e não é pouco. Penso porque ouço, vejo e vivo problemas e, por mais que meus momentos de alegria sejam intensos, as dores da existência me fazem refletir o tempo todo sobre razões para isso e para aquilo. Sou afetado quando vejo crianças abandonadas, ou internadas com doenças terminais; quando vejo casamentos destruídos, famílias desintegradas; jovens se desviando dos caminhos do Senhor, envolvendo-se com vícios e imoralidade, jovens que morrem diariamente nas madrugadas da vida; homens imersos em vícios diversos; mulheres em comportamentos questionáveis; cristãos infelizes em sua jornada, brigando uns com os outros por seu pedaço de razão, como crianças imaturas a criticar a tudo e a todos, fico a pensar como Salomão: de que vale a vida?

Conquistas, viagens, festas e amizades são pequenas doses de alegria que matam, pelo menos por um tempo, a dor de viver. São antídotos de curta duração, mas que não aniquilam a realidade de que a vida é curta, passageira e contem ingredientes afiados que nos ferem de maneira profunda. De que valem as conquistas, de que valem os amores? A felicidade é real? Talvez sim, talvez não. O certo é que, nesta vida, ser feliz é passageiro e, às vezes, é ilusão.

Mas não penso apenas nos desdobramentos dolorosos da aventura de viver, minha mente viaja para outras vertentes, para coisas surpreendentes que a vida nos dá. As belas paisagens e formações geológicas que, durante séculos, insistem em encantar os olhos e trazer paz ao coração. A sinfonia dos pássaros, dos quais, a majestade, com certeza é o Sabiá. O sol, a lua e as estrelas que num baile inexplicável nos ensinam sobre o que é imensidão. O que dizer também da beleza da natureza que se renova, resiste às tempestades e surge graciosa na formação de um feto, no desenvolvimento maravilhoso de um novo ser, que desde a concepção reage a estímulos, pois tem alma. Mês a mês acompanhamos o seu desenvolvimento ansiosos para que venham à luz. E quando isso ocorre é impossível não chorar. Sim, é mais um ser criado à imagem do seu Criador. Ah, como é lindo o choro e o riso de um bebê, como é belo o balbuciar das primeiras palavras. Para os pais é bom demais, para os avós, é o paraíso.

Mas penso também nos belos gestos de humanidade, daqueles que abrem mão do luxo e da vida simplesmente para servir. Um amor desinteressado que surpreende o mundo individualista e egoísta. Gente que dá a sua vida voluntariamente, provavelmente, inspirada por aquele que tudo vez para que tivéssemos vida. Penso sempre em como foi possível matarmos o mais justo de todos, que amou incondicional e desinteressadamente. Ah, Jesus! Como agradecer o que fez por mim?

Há muitas outras coisas que me encantam, assim como há muitas coisas que me deprimem. Há tempo de plantar e colher, de rir e chorar, de nascer e morrer. E neste ciclo da vida, belo e implacável, a pergunta que me faço é: O que realmente vale a pena na vida? Pelo que realmente vale a pena lutar? Por minhas razões e argumentos? O que levarei de cada vitória que tive, por cada pessoa que humilhei com minhas palavras? O que levarei realmente se não aprender a perdoar?

De que valem as grandes casas, se não houver um lar de amor e respeito?

De que adiantam os melhores empregos, se não houver compaixão pelos necessitados?

De que adiantam as vitórias, se não houver humildade?

De que adiantam as grandes festas, se não souber chorar com os que choram?

De que adiantam os grandes tesouros, se a estação final é igual pra todos nós?

Salomão me ensinou que ter ou não ter não significa muita coisa. Ele me disse que as bênçãos e as tribulações atingem justos e injustos. Por isso, ele afirmou que o resumo de tudo deve ser: Tema a Deus e guarde os seus mandamentos.

E uma das formas que Deus usa para nos manter atentos às coisas que realmente têm valor, é a tribulação. Por meio dela, aprendo a resistir e perseverar, pois a jornada é longa e não posso parar. Por meio da perseverança, Deus trabalha meu caráter, e me torna mais humilde, menos controlador e cheio de razão. Ele se importa comigo e sabe que, quando minha mente é moldada, minha esperança se renova, pois tiro os olhos deste mundo e passo a investir no céu, onde a traça e a ferrugem não corroem as boas coisas. Investir no céu é investir em tesouros de valor eterno, como amor, compaixão, perdão, solidariedade, fidelidade, respeito, pureza e tantas outras coisas.

O que e mantem em pé, em momentos de alegria e de dor, é saber que Jesus me amou e me ama, a ponto de dar a sua vida por mim e de me conduzir por uma estrada que, mesmo cheia de desafios, desemboca no paraíso. Por isso tudo, quero me apegar às palavras do profeta Habacuque: ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na videira, ainda que as circunstâncias me abalem, eu confiarei no Deus da minha Salvação, pois Ele me dará forças para resistir até o fim, até o dia em que receberei uma herança incorruptível, e viverei eternamente, sem dor, na certeza de que as primeiras coisas passaram e não mais voltarão. A eternidade me trará tudo novo, e verei meu Deus face a face.

Hebreus 10.23 – Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.

Pr. Lucas Lima

 
 
 
 
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